Kate Ann SpreckleyPublicado em 13 de novembro de 2009
O conceito de Criança Interior não é novo e tem sido uma parte de nosso mundo por muito tempo. Carl Jung a chamou de "Criança Divina" que é a essência de quem verdadeiramente somos. Nós somos a Criança Divina Do Grande Espírito, Deus, o Criador, e, portanto, a Criança Interior não é uma entidade separada, não é um aspecto diferente de nós mesmos, é o Eu energético, criativo e autêntico.Nós nascemos neste mundo sabendo. Nós sabemos quem somos, por que viemos e a nossa verdadeira razão de ser. Com a nossa primeira respiração, nós começamos a nossa aprendizagem, a arte de ser Humano. Nós somos Seres Espirituais que têm uma experiência humana.Desde o dia do nosso nascimento nós somos considerados ignorantes. Nós começamos um caminho de separação, uma separação de nosso Criador e uma separação de nosso verdadeiro eu. Aprendemos que o nosso mundo externo define quem nós somos, o que faremos e como seremos. Nossa verdade interior não é validada e aprendemos a não confiarmos em nós mesmos, em nossos impulsos ou em nosso conhecimento. Isto nos mostra o verdadeiro caminho de nossa Alma e Espírito.Esta separação leva a um espaço de medo. Um espaço onde nos é ensinado que a mente é o nosso mestre e tudo o que precisamos saber pode ser aprendido através dos outros, de nossos pais, de nossas escolas e de nossas comunidades. É nos dito continuamente que precisamos provar a nós mesmos e o nosso valor através de possibilidades externas. É nos mostrado inúmeras vezes para desconsiderarmos e esquecermos o aspecto vital de nós mesmos, o de nossos Corações. Isto resultou que fomos criados em um mundo baseado na vergonha, um mundo emocionalmente desonesto e espiritualmente carente. Este mundo criou as nossas separações e, portanto, ajudou a criar a Criança Interior.Podemos responsabilizar os nossos pais, as nossas sociedades e as nossas igrejas? Sim, mas isto é representar a parte da vítima, que está participando do jogo da separação. Todos nós somos parte deste mundo e somos todos responsáveis pelos seus modos, suas linhas de conduta e as suas separações. Nossos pais não sabiam como se amarem verdadeiramente ou como serem emocionalmente honestos e, portanto, formamos o nosso relacionamento com nós mesmos, com base nestas aprendizagens do início de nossa infância e então construímos o nosso relacionamento com nós mesmos e com os outros a partir desta base. Nós passamos uma vida reagindo às mágoas do passado e aos programas disfuncionais a que nos sujeitamos e criamos agora a nossa cultura disfuncional.Nós criamos um mundo de confusão, desespero e energia caótica. Este mundo nos levou a um espaço de co-dependência, sofrimento e repressão. Quando o nosso Eu Verdadeiro não é reconhecido ou ouvido, nós começamos a criar situações e relacionamentos que são falsos e nos mantêm em um espaço de trauma emocional não resolvido. Isto conduz a uma vida de ansiedade, medo, confusão, vazio e infelicidade.A Criança Interior é o nosso eu emocional e é o espaço onde vivem os nossos sentimentos, o nosso Coração. Quando experienciamos a alegria, a tristeza, a raiva e o medo, a nossa Criança Interior se torna conhecida. Quando estamos sendo espontâneos, criativos, intuitivos e divertidos, o nosso Eu Verdadeiro está se tornando conhecido.É o nosso passado que nos afeta. São as imagens e as memórias dele. Ao acessarmos a nossa Criança Interior e reivindicarmos esta criança magoada, nós começamos a revelar algumas crenças nossas conscientes ou inconscientes, e começamos a nos re-avaliarmos e as nos transformarmos e as nossas vidas. É através da cura de nossa Criança Interior, que podemos começar a mudar os nossos padrões comportamentais e a clarificarmos as nossas respostas emocionais. Uma vez que comecemos a nos amarmos, a nos honrarmos e as nos respeitarmos internamente, somos capazes de liberar a tristeza, a ira, a vergonha, o terror e a dor de nossos corações e começarmos a transformarmos a nossa vida e o nosso mundo com espontaneidade, criatividade, alegria e amor.É possível ter sentimentos sem que se tornem uma vítima. É possível mudar o modo como pensam, de modo que a sua mente não mais seja o seu pior inimigo. É possível se tornar capacitado e fazer escolhas na vida que estejam alinhadas com o seu Eu Verdadeiro. Nós temos o poder da escolha e nos é dada a oportunidade com os nossos filhos de começarmos a nos curarmos, a nossa Criança Interior e as nossas separações, e, portanto, criarmos um alicerce sólido baseado na capacitação, no amor, na honestidade e na criatividade que ajudarão as nossas crianças a serem o seu Eu Verdadeiro.
Direitos Autorais Kate Spreckley 2007 - http://www.spiritpathways.co.za Tradução: Regina Drumond - reginamadrumond@yahoo.com.br
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