quinta-feira, 2 de abril de 2009

TROVOADAS E CHUVAS

Os fenômenos da Natureza são dignos de serem analisados em todas as suas expressões e, para conhecê-los, os canais a serem seguidos são aqueles que o Evangelho indica, usando os processos do amor.
A alma está ligada a Deus, seu Criador e, para tanto, existem leis regulando a própria vida. Quando obedecidas, a harmonia se faz sem competição com outras forças: se fomos feitos para o amor, o dever maior é amar; se a caridade é o clima da vida maior, o nosso caminho é ela; se o perdão nos ajusta a paz, por que não perdoar?
Nessas linhas de vida, encontraremos uma visão mais ampla, de maneira que poderemos observar com mais verdade a própria natureza que nos cerca. Jesus foi um mestre nesses ensinamentos, deixando para a humanidade conceitos luminosos, para o bem-estar de todas as criaturas.
Falemos de uma dessas bênçãos de Deus, por intermédio das chuvas e trovoadas. A água é, pois, o elemento divino que nos dá mais vida e nos faz alcançar mais esperança. Ela se encontra em tudo na face da Terra: nos minerais, nos vegetais — com abundância — , nos animais, nos homens, na atmosfera que todos respiram e até a luz dá noticia desse milagroso liquido.
A água deve ser usada com carinho; mesmo no banho diário, em se fazendo uma oportunidade para a saúde, deve você trabalhar com os pensamentos, visualizando fluidos envolvidos na água, que caem em seu corpo sem esquecer a alegria e a confiança em Deus e nos Seus agentes, que operam em todas as circunstâncias.
As trovoadas, que por vezes anunciam as chuvas, descarregam a atmosfera pesada dos miasmas magnéticos dos animais de todos os tipos, que se acomodam no ar e viajam em suas asas, atingindo todas as coisas.
Os relâmpagos educam certas castas de espíritos, que dormem na natureza, em busca de oportunidades para se ligarem às criaturas, pelos processos de sintonia. Eles temem tanto o barulho quanto a energia elétrica que emana dos trovões. E, em muitos casos, os benfeitores da natureza usam esses momentos para recolhê-los a lugares determinados pela justiça de Deus, onde muitos deles acordam para as tarefas morais recomendadas pelo Evangelho de Nosso Senhor.
Nada existe de errado na natureza; ela, como já dissemos alhures, é um livro de Deus que deveremos estudar todos os dias, esforçando-nos para compreendê-lo na sua estrutura divina e humana. Quantos de nós, no plano espiritual, ficamos centenas de anos em observação deste campo imenso de vida, como instrutores que vêm do mais alto para nos ajudar a compreender as belezas imortais das repartições na natureza e suas leis! Para nós, é uma grande alegria aprender a usar essas possibilidades em favor dos que sofrem, na orientação dos que desejam aprender, para beneficiá-los, onde quer que seja. As águas que se acomodam no seio da Terra têm uma grande missão de colher dela o magnetismo solar e, sendo usada pelos homens, extraída dos poços ou colhida nos rios, oferece-lhes esse medicamento natural, pela alegria dos agentes de Deus. Elas sobem em forma de chuvas, limpando a atmosfera depois das trovoadas, como se fosse a vassoura fina, limpando todas as impurezas, para que os viventes respirem mais felizes. Já observou você quanto é bom respirar a atmosfera, depois de uma descarga elétrica das trovoadas, seguida de pesada chuva?
A chuva nem sempre é lembrada, nas suas benfeitorias, porque não é vendida e poucos são os que dela falam, mostrando coisas que faz, por vezes imprestáveis, outras trazendo grandes benefícios para toda a Terra.
Passemos a agradecer a Deus pelas chuvas e trovoadas, e confiemos, pois esses processos são canais por onde Deus opera maravilhas. O Senhor não se esquece de Seus filhos, procurando ajudá-los por todos os meios, e usa ainda Seus filhos maiores, para conforto e paz dos menores.
A água é divina; ela percorre todos os lugares, viaja por todos os espaços, e não deixa de percorrer as entranhas da terra, com a missão de estabilizar, enriquecendo a própria vida das coisas, dos animais e homens. Não escolhe a quem ajudar; o seu amor está na freqüência da universalidade e a sua caridade é movida por esse amor de Deus.
(De “Canção da natureza”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Kahena)

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